Tinha estado o ano passado em Vale de Barris como convidado da organização para acompanhar por dentro o desenrolar da prova uma vez que um problema de saúde me tinha impedido de participar na corrida. Este ano não falhei mas isto esteve preso por arames, não só a lesão na perna esquerda que tarda em abalar mas também um rebentamento de um vaso no nariz, logo que me levantei, que esteve quase a pôr em causa a minha presença na corrida. Lembrei-me logo do Trail da Geira Romana de há 2 anos em que me desloquei 400 kms para a partir de Espanha participar e ao fim de 100 metros estava a desistir!!! Mas desta vez tive sorte, cheguei a Vale de Barris, participei e vim embora e nada aconteceu, mas fiquei preocupado, lá isso fiquei.
Como habitualmente muitos amigos fui encontrar, outros justificadamente estiveram ausentes por estarem noutras provas que coincidiram com esta, Maratona de Madrid e Meia Maratona de Albuquerque, ambas em Espanha e que mereceram a adesão de muitos portugueses.
Esta era uma das provas que constavam no meu plano traçado até chegar a S. Mamede, creio que pelo traçado delineado e pelas dificuldades encontradas corresponde áquilo que é necessário ir treinando para enfrentar as dificuldades maiores que mais à frente teremos pela frente. Não tenho os dados do meu garmin, pois uma falha técnica bloqueou-me o acesso ao computador, agora nem recebo nem ele aceita qualquer dado, manias, mesmo assim valendo-me da informação à chegada ele marcava-me 3,58h. a organização atribui-me simpaticamente 3,57,26h. para os 30 kms do percurso.
Como não choveu o percurso da prova estava excelente, o mesmo não diria se tivesse caído alguma chuva, a forte inclinação em alguns locais quer a subir quer a descer onde o barro e a terra facilmente se transformaia em lama por certo iria criar-nos muitos problemas, desta vez não caí, o mesmo já não o poderão dizer muitos tais eram as dificuldades em locais mais difíceis de ultrapassar. As dores na perna surgiram de modo mais ameno só a partir dos 15kms por isso pude correr mais solto incluíndo as descidas que é onde tenho sempre mais dificuldades por causa dos joelhos e agora também por causa da perna.
Com2,40h de corrida, a coincidir com a distância da meia maratona estava um abastecimento surpresa, cerveja bem fresquinha, estava a meio da Serra de S. Luís,? junto à antiga pedreira e quando subíamos para o ponto mais alto da Serra. Não contávamos com nada daquilo pois a prova é em auto-suficiência onde temos de transportar os líquidos e sólidos para nos alimentarmos durante toda a corrida, mas soube muito bem até porque o tempo estava excelente e ajudou a assentar melhor aquela benesse caída sei lá de onde.
Os 10 kms finais foram muito bons, a coincidir também com a parte mais técnica da prova, como eu me sentia bem deixei-me ir roçando ás vezes o perigo de quedas, principalmente as descidas onde por norma tenho mais cuidado, mas desta vez sei que exagerei mas como me saí bem acabei por fazer este último terço da prova a ultrapassar muitos outros atletas que já seguiam em grandes dificuldades.
Realço aqui também o convívio proporcionado a todos durante o almoço onde foi realizado também a distribuição dos prémios que integrou uma homenagem pública à atleta Chantal Chervel, madrinha deste Raid de Vale de Barris edição de 2012.Agradeço ao Jorge Pereira, à Otília, ao Mário Lima e ao Carlos Coelho a companhia que em algumas partes do percurso partilharam comigo a boa disposição pelo menos até o folego o permitir.
Segue-se um pequeno descanso, voltarei no 1º de Maio, dia mundial dos trabalhadores.